Nem mesmo
Lulú ou talvez até John poderia prever a imortalidade de suas obras prima numa
contemporaneidade infinita constatada até hoje. Lulu nos remete ao título
deste, e mostra como simples palavras simples, podem soar agradáveis, justamente
pela pouca complexidade no seu teor, fazendo com que sua mensagem ecoe quase
que intuitivamente, tendo em vista a capacidade acalantante e hipnotizante da
canção, onde quem ouve, quase sempre se pega ou se imagina embalando de fato,
como uma onda no mar. Ao mesmo tempo que John, brilhantemente intitulou sua poesia
com o tema, e aplicou a esta, as mesmas simples palavras simples que também induzem,
hipnotizam focando a harmonia no mundo, mostrando que “é fácil se você tentar”.
De apelo
duvidoso, por incitar ao óbvio ou ao trivial, as palavras de ordem e/ou razão
ainda guiam nossas vidas fazendo apologia ao senso comum, mesmo que imaginário
numa tentativa de nós levar de certa forma ao pensamento utópico como
probabilidade real. Mas... e a utopia ? pra onde foi ? se é que foi... será que
algum dia já esteve entre nós ?
Duas canções
distintas, que fazem apologia a um senso comum, mesmo que imaginário e que nos
levam ao pensamento utópico como probabilidade real, e ainda vão além... conseguem
nos mostrar que a utopia sempre esteve entre nós, sempre nos rodeou por todos
estes anos, simplesmente nunca teve força pra coexistir por muito tempo,
visitava-nos a todo instante em forma de breves lindas canções inesquecíveis
como esta.
Microcronica Edson Vilares
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